20/06/2017

Sobre as pessoas que te desmotivam



Quando eu cogitei em minha cabeça cursar Direito, eu ainda estava apaixonada por Publicidade e Propaganda. Todo mundo que me perguntava o que eu iria cursar na Faculdade, ouvia um "Publicidade e Propaganda" SUPER entusiasmado. Eu achava, sinceramente, que essa faculdade tinha sido feita pra mim. Achava que qualquer outra ideia de curso era ridícula porque essa era a melhor escolha obviamente. 

Eu já tinha o canal, o blog, adoro escrever desde pequena, já tive tumblr e meus textos eram famosos por lá viu? Mas aí encontrei um probleminha. Eu odeio que as pessoas me digam "como criar" as coisas sabe? Quando eu faço vídeos pro canal, ou os meus textos pro blog, as minhas artes eu gosto de ser livre. De fazer do meu jeito. Quando eu quero, a hora que quero, como eu quero. E aí o que pode ser um problema simples, se torna um ~problemão~ quando pensamos que na carreira de publicitário você tem que entregar um material de acordo com o que o seu cliente pediu, sabe? Não ia rolar de eu bater o pé para não fazer a arte. Ou então eu fico sem salário. Infelizmente, nessa carreira, você tem que estar aberto aos palpites e acatá-los, porque as pessoas que não gostaram da sua arte vão te pedir pra mudar, e você vai ter que mudar. E isso pra mim não era nem um pouco aceitável. Eu fiquei desmotivada, pensei que nenhuma carreira era a certa. E aí surgiu a ideia do Direito. 

E agora você deve estar se perguntando: Por quê Direito, afinal?

Sinceramente? Eu não sei ao certo o que foi que encantou minha cabecinha. Hoje, cursando, eu até digo que me apaixonei por várias matérias, mas antes de entrar eu procurei alguns vídeos, falei com gente da área, fui em uma faculdade da minha cidade fazer o que eles chamam de Interação, que é nada mais que o curso apresentado por você por alunos do mesmo, e enfim. Estava eu apaixonada por Direito.

Mas nem tudo são flores. Quando eu coloco uma ideia na cabeça, ninguém tira. E lá estava eu, decidida a cursar Direito, e várias das minhas amigas questionando aquela decisão.

"Poxa, mas você não tem blog?"
"Você se daria melhor em publicidade!"
"Direito? Nada a ver contigo!"
"TEM CERTEZA que é isso que você quer?"
"Eu te vejo mais em Publicidade!"
Enfim, e uma série de outras frases que eu ouvi no meu último ano de ensino médio.

Eu fui desabafar com uma menina que também queria cursar Direito, achando que ela iria me dar um super apoio, e acabei ouvindo dela que não tinha nada a ver comigo! Sério!

Mas, vida que segue, eu decidi arriscar. Afinal que mal faria? Se eu não gostasse, poderia trancar e então tentar publi.

E agora estou eu, incrivelmente apaixonada pelo Direito, meu 1º semestre mal acabou e eu já estou aqui "in love" com a grade curricular dos próximos. Minhas notas não poderiam ser melhores. Quando alguém pergunta o que eu curso, ouve um sonoro: "DIREITO!!!!" super empolgado. E pudera não ser? Eu sou feliz no que escolhi. Sou feliz na profissão que vou seguir, e sinto que estou no caminho certo.

E aí eu te pergunto: E se eu tivesse seguido as palavras dos meus "amigos"? Aqueles que diziam que a área não tinha nada a ver comigo? As vezes as pessoas falam e tentam te fazer agir de uma forma que vai contra a sua vontade. E muitas das vezes essas pessoas estão erradas, sabe? Apenas você pode dizer o que é melhor para você. Ninguém no Mundo sabe melhor que você os seus medos, incertezas, as suas dúvidas, as suas vontades, desejos, sonhos.

Esse texto é para você, que está em dúvida do que cursar. Mas também é para você, que desmotiva o amigo sem querer. Que com palavras erradas acaba fazendo o amigo ficar com medo.

Medo não é bom. 
O bom é a certeza. 

A certeza de que não importa o que as pessoas dizem. Eu sou a minha segurança.  E só eu sei o que é melhor para mim.

20/03/2017

Palavras ao vento: Eu não sei para onde quero ir...



Eu não sei se quero fazer faculdade de Direito ou de Publicidade. Biologia, quem sabe? Letras seria uma boa. Talvez medicina? Odontologia?
Eu não sei se gosto de azul ou rosa. Talvez eu goste mais de preto. Ou roxo. Ou cinza. Um pouco de amarelo não cai mal. Lilás, quem sabe?
Não sei se gosto mais de café ou chá. Ou achocolatado. Ou capuccino. Ou suco. Eu não sei, e quem sabe?
Não sei se gosto de correr na beira da praia e sentir a brisa me tocar, ou ficar parada observando as ondas. Não sei se gosto mais de cachoeira ou praia. Não sei, e quem sabe, afinal?

Tenho indecisões, tenho medos, inseguranças. Eu gosto é de controlar o tempo, de ficar olhando o relógio o tempo todo para que ele não escape de mim. Ele, o tempo. O tempo que corre, que voa. Que passa tão depressa quanto um piscar de olhos. Quando pisca, passou o tempo. Não há tempo para minhas indecisões, pois o tempo precisa de respostas. Na hora. E eu não as tenho. Eu não tenho tempo. Não há tempo para pensar, e isso me incomoda, um pouco. Me incomoda um tanto. Me incomoda muito. Eu sempre penso antes de escolher uma peça de roupa, um calçado. Mas agora, não dá tempo. Quando vi, já escolhi, o tempo se foi. E essas minhas escolhas, que antes me faziam pensar por horas e horas, hoje se tornaram simples, rápidas. Diretas. Tudo que eu nunca quis. Que o tempo passasse. Que não houvesse nenhum minuto em que o tempo pudesse ser eterno. Porque não há. Atrás do tempo, não existe nada.

Porque a vida é isso, a eterna busca pelo tempo. Pelo maior tempo. A gente segue na mesma ideologia de que um dia o tempo vai parar. De que um dia os segundos se tornarão frações maiores de tempo, e que cada vez teremos um pouco mais desse tempo todo. Mas é um engano. Nós nunca seremos donos daquilo que nos controla. Esse tempo, doido, só serve para provar que a vida é passageira, que a vida passa rápido, que ela não demora. E que se você perder tempo, vai ficar para trás.

Ninguém tem certeza de nada. Ninguém tem certeza de quanto tempo tempos. Ninguém quer ir. Mas também não querem ficar. Tempo, tempo, tempo...

Eu não sei para onde quero ir. Mas no final, sempre sei onde quero estar. Pra onde preciso voltar.

10/03/2017

Palavras ao vento: Sobre o tempo que desperdiçamos




Vivemos cronometrando o tempo. Querendo que ele passe depressa. Ou devagar. Trabalhamos com o que não gostamos, então torcemos que as horas passem rápido para irmos para nosso lar. Em casa, queremos que as horas passem rápido, para o final de semana chegar. E quando ele vem, torcemos para as férias de final de ano chegarem logo. Nunca estamos contente com o tempo. Sempre queremos dar um passo a mais. Estar em outros lugares, com outras pessoas. Estar uns anos a frente. Ou voltar alguns anos. Não conseguimos aproveitar cada momento.

Queremos que a escola passe rápido para a faculdade chegar. Quando chegamos na faculdade, queremos que ela passe rápido para que possamos começar a trabalhar com aquilo. Quando trabalhamos, queremos que a aposentadoria chegue, pois o trabalho é cansativo demais.

E sem perceber, acabamos não aproveitando a vida. Desejando e almejando sempre estar um passo à frente, não aproveitamos cada momento da vida especial como é. Querendo mais do que devemos, querendo sempre o futuro. Ou então tentando atrasá-lo. 

Um dia eu termino o ensino médio. 
Faculdade? 
Quem sabe um dia. 
Não é o momento para comprar uma casa nova, só louco compra algo na crise! 
Talvez um dia. 
Carro? Pra quê? Andar de ônibus é bom. 
Quem sabe um dia. 
Um dia. 
Quem sabe o dia?
Quem sabe se você estará vivo daqui um dia, daqui um mês, daqui um ano.

Amanhã eu visito minha mãe. 
Amanhã eu vou ao dentista. 
Amanhã eu passo no supermercado. 
Amanhã.
Hoje não dá, eu tenho que dar banho das crianças, levá-las pra creche, trabalhar, e a noite estarei cansada demais.
Amanhã é sábado. 
Tenho folga. 
Folga, eba! 
Opa, lembrei. 
Tem apresentação de balé amanhã.
Mãe, não vai dar pra ir aí.
Oi? É do consultório dentista? Vou ter que desmarcar a consulta.
Talvez dê tempo de ir ao supermercado.
Fechou as 20h? Poxa, não era até as 22h hoje?
E agora?

As pessoas correm contra o tempo, e o tempo corre contra elas. Você não tem controle sobre ele. É ele quem controla você. Somos escravos do tempo.

O que nos resta, é viver cada dia como se fosse o último. É fazer o que nos dá vontade, antes que o tempo passe, e a gente fique pra trás.

21/09/2016

SOBRE O DIVÓRCIO DE ANGELINA JOLIE E BRAD PITT



Você é uma mulher linda, no auge dos seus vinte anos. Formada na faculdade e na pós, cursando o mestrado sem uma pausa sequer, carreira promissora... E aí você encontra um homem. Naturalmente, seguindo o ciclo da vida, vocês se casam. Adotam filhos. E todos têm vocês como exemplo de família perfeita, a exímia. E então vocês se separam. Assim, de uma hora para a outra. Decidiram, fizeram. Por impulso, talvez. Por perspectivas melhores, com certeza. Mas porque? Separar, assim do nada? Vocês eram perfeitos juntos. Ou então: E os filhos? Como se crianças não entendessem que pai e mãe não necessariamente tem de ser um casal. 

E aceitar o divórcio não é certo, nem errado, é apenas compreender que o Mundo não é como antigamente, onde o divórcio era visto como uma aberração. Sei que perante a sociedade mais antiga, o divórcio ainda não é aceito, embora ninguém saiba o que se passa entre um casal. Na vida a dois encontramos muitos problemas pela nossa caminhada, e um relacionamento exige uma base física e emocional capaz de superar os problemas, aceitar os defeitos, elogiar as qualidades, entender e corrigir os erros, dentre outras diretrizes importantes. Mais do que isto, é importante saber e entender que o outro é o outro, e você é você. Apesar de óbvio, muitos relacionamentos acabam porque as pessoas jogam sua felicidade, corpo e coração ao outro, e por um segundo esquecem de SE fazerem felizes. O outro não é a sua metade da laranja. Você é uma laranja inteira. A partir do momento que você entender que não basta se relacionar com os outros, o importante é se relacionar consigo mesmo, os seus relacionamentos serão 10000x melhores.

Já voltando para o divórcio, temos mães aconselhando filhas a continuar em um relacionamento abusivo e ruim, simplesmente porque pensam no dinheiro, no status do companheiro dela. Outros dão opiniões ridículas no casamento dos outros, como se estivessem vivendo aquela realidade. E citamos Angelina e Brad nas rodas de conversa do bar, muitas e muitas vezes. Meninas diziam que queriam um casamento "igual" o deles. E sim, eles passavam a imagem de perfeição. Só porque Angelina e Brad ganharam prêmios juntos, fizeram filmes juntos, não quer dizer que em casa eram um casal de Hollywood. Ninguém sabe se ele era um bêbado viciado e um estúpido com ela, ou se era uma pessoa maravilhosa no início mas se cansou do relacionamento e começou a agir como um babaca. Mas a sociedade julga como se o divórcio fosse o fim da vida. Como se ela, Angelina, tivesse jogado fora todos os anos ao lado dele por mero capricho. E nós sabemos disso. 

É normal cansar do seu relacionamento se ele vira monotonia e não é errado trocar se te faz infeliz. Errado é sustentar uma relação sem fundamento algum apenas por não aceitar os olhares alheios de pena, ou repressão. Errado é ser infeliz. Errado é não amar seu companheiro, e consequentemente, não se amar. 

30/08/2016

Sobre o machismo do Biel - e as consequências na sociedade

Olá galera! Tudo certo com vocês? Eu sei que esse assunto já está "batido". Mas cá entre nós, que ainda ouvimos aquele tio babaca falando que o MC "era uma criança e não sabia o que estava fazendo", ou aquele amigo declarando que "queria ser como o Gabriel -vulgo, Biel-" sabe... Essas "crostas" do machismo impregnado na sociedade. E não só de homens, mas de mulheres também. Me envergonho muito, mas já reproduzi o machismo dizendo frases do tipo "mulher tem que se dar ao respeito" "mulher não deveria ficar com tantos homens" e blá blá blás que a gente está cansado de ouvir. Sinceramente, é o que nos é passado de pai para filho (pais machistas, filhos machistas) e tomamos isso como verdade. Mas de uns tempos para cá eu tenho mudado meus gostos, estilos e também opiniões, é claro. E essas opiniões machistas deram lugar a opiniões "cada um faz o que quiser, e isso não me diz respeito". O que eu fico feliz de finalmente estar consciente de que a vida dos outros não é a minha, e por mais que a minha religião (cristã) indique-me a não fazer certas coisas, eu não posso proibir outras (exceto leis tá bom?). E é simples assim. Mas o caso do Biel me chocou, simplesmente por ser uma pessoa pública, que influencia milhões de adolescentes, que, como eu, ainda não tem seu pensamento totalmente formado. Estão em construção. E com as frases reproduzidas pelo Biel, esta construção será totalmente errada, da forma errada. Vamos aos dois tweets que eu separei para mostrar a minha opinião a vocês. 


Biel, caro Gabriel. Sua opinião é machista. Ponto. Ninguém pediu a sua opinião. Ponto de novo. Mas, mesmo se eu quisesse, não precisaria do seu respeito. Afinal, não sou um cachorro para implorar respeito. Você não me respeita, ok, eu entendo, mas não ao ponto de me julgar por minhas roupas (tomando as dores cof cof pois não uso decote) ou pelo meu comportamento. Homem nenhum deve falar o que uma mulher tem ou não de fazer, simplesmente porque ele só deve cuidar da vidinha dele. E não da dela. E desde que o seu respeito não interfira meu direito de ir e vir -COM A ROUPA QUE EU QUISER- eu não me importo com ele. Nem com você.

Não... Imagina se você esbanjasse como seria... Amigo, para que tá feio.

Como eu disse ali em cima, o mais tenso disso tudo é que as meninas de 12, 13 e até 14 anos (ou mais) que são fãs do Gabriel, acabam por acreditar nisso tudo e levar como pensamentos para a vida. E aí acabam tendo atitudes machistas por causa de pensamentos iguais ao dele. E isso é bem complicado na sociedade que está tentando quebrar vários preconceitos e opiniões machistas. Mas enfim, esse é só um desabafo de uma menina em construção. 

Espero que consigam visualizar o que eu queria fazer entender por esse texto.

Um beijo.
Até o próximo post.
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